Ciência e Saúde

DGS: FIBROMIALGIA OFICIALMENTE RECONHECIDA COMO DOENÇA

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou a norma para reconhecer oficialmente a fibromialgia como uma doença. São estimadas mais de 300 mil pessoas, em Portugal, com este problema, avançou à Lusa a presidente da Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia (APDF), Fernanda Neves de Sá.

“Na norma, publicada no passado dia 27, estão inseridos todos os pontos de diagnóstico, forma como os doentes devem ser diagnosticados, acompanhados, e as bases ciêntificas que levaram a DGS a elaborar esta norma”, com obrigatoriedade de cumprimento, explicou a presidente da APDF. A norma vai agora ser obrigatória e enviada para “todos os centros de saúde e para todos os centros hospitalares”.

Deste modo, se um médico disser que a fibomialgia não existe, o doente pode fazer uma participação à DGS, porque o profissional estará a incorrer no “incumprimento de algo que é obrigatório”, sublinhou Fernanda Neves de Sá.

A patologia caracteriza-se por dores em pontos específicos do corpo humano. De acordo com a página oficial da APDF, trata-se de uma “síndroma crónica caracterizada por queixas dolorosas neuromusculares difusas e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas”.

Por outro lado, adiantou a responsável, o Ministério da Saúde estava a aguardar pela norma para prosseguir o processo de “aceitação da resolução aprovada pela Assembleia da República”. Publicada em Diário da República em julho de 2015, a norma recomenda ao Governo a implementação de medidas pelo reconhecimento e proteção das pessoas com fibromialgia.

As estimativas apontam que a fibromialgia atinja cerca de dois por cento da população adulta portuguesa, com início, normalmente, entre os 20 e os 50 anos. As mulheres são cerca de cinco a nove vezes mais afetadas do que os homens.

“Isto é um passo de gigante para mais de 300 mil doentes”, concluiu a responsável, sobre a nova norma que admite a fibromialgia como uma doença, de forma oficial.